TONGARIRO NATIONAL PARK


Eu, Carol e Fabio. Abaixo Wakappa Village

O Tongariro National Park é um dos mais visitados da Nova Zelândia. Foi o primeiro Parque criado (1887). Ele é um dos mais interessantes e expetaculares, porque você pode conhecer como é um vulcão de perto. O vulcão Ruapehu sempre entra em atividade; a mais recente foi em setembro/96.

No verão, você pode fazer belas caminhadas ao redor do parque. As mais famosas e interessantes são "Tongariro Northern Circuit" e "Tongariro Crossing".


Tudo branco

Para chegar ao parque, você precisa ir para Whakapapa Village, a 50 km de Taupo, onde se encontra o "Visitor Center"do parque. No visitor center você pode colher inúmeras informações tais como: condição da trilha; melhor equipamento para levar; condições do tempo; história do parque; informações sobre os vulcões....

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Era dia 25 de dezembro amanheceu um dia bonito. Eu tinha me encontrado com Fabio e Carol dias antes e resolvemos passar um Natal diferente: subir no vulcão Ruapehu (2797m), que entrou em erupção 3 meses atrás. Acordamos cedo mas depois do café da manhã, o jeito brasileiro de ser tomou conta de nós: só conseguimos estar no caminho às 11horas.

A subida era estimada em 3 a 4 horas. Tínhamos que pegar uma carona até perto da base do vulcão, coisa que não é difícil aqui na NZ. Fabio tem bom conhecimento em alpinismo no gelo. Esta porém não seria uma subida técnica, somente caminhar até o topo, mas mesmo assim todo cuidado é pouco, a neve é traiçoeira e esconde vários perigos.


Subida pelos Lifts de ski

A trilha começava numa estação de ski; que no verão mais parece uma cidade fantasma, ninguém a vista e um monte de instalações. Depois de subir, seguindo os postes de sustentação dos lifts que levam as pessoas para esquiar, começamos a pisar na neve e sentir como estávamos alto e a paisagem mudou para um tom de cor (branco), era muito bonito e diferente ao mesmo tempo, nunca tinha feito uma caminhada desse tipo . Demoramos 3 horas para chegar perto do topo, mas o tempo mudou e visibilidade caiu muito. Fizemos um pic nic ao lado de um abrigo abandonado que estava a poucos metros da cratera, mas por causa das nuvens não podiamos ver nada. Memos assim o lugar era de uma beleza única.

Resolvemos descer e aí a coisa ficou divertida. Sabe como desce um vulcão com neve?

Escorregando a mil por hora!


Descida sentado


Cris

Foi um festival de tombos e risadas mas valeu a subida. Chegamos semi-mortos de fome e cansados na estação de ski fantasma. Ainda teriámos 14 km de asfalto morro abaixo. Subitamente um infeliz turista aparece e todos corremos para pedir carona. Não teve jeito de dizer não, olhou para nossas caras e morreu de dó.

Na noite anterior; véspera de Natal, eu e Cris fizemos uma ceia para os nossos amigos; Strogonoff a Marcelo e brigadeiro, os convidados foram o Fabio, a Carol, o John que reencontramos depois de alguns dias sem ver e a Andreia, uma canadense de 60 anos que está a 5 anos viajando pelo mundo e a 1 ano, viaja de bike; uma beleza de pessoa, conhece muitas partes do nosso planeta. John me admira e agradece até hoje pelo brigadeiro que comeu.


TONGARIRO CROSSING
Primeiro dia do Tongariro Crossing

Esta é a mais tradicional das caminhadas na Nova Zelândia. Você anda ao redor dos três vulcões, (Tongariro, Ngauruhoe e Ruapehu). Acordamos cedo e novamente demos de brasileiro: acabamos saindo tarde. Andamos como se estivéssemos na Bahia, lentamente. O sol era forte e a nossa vontade era mínima; isto sempre acontece nos primeiros dias de caminhada, até acostumármos com o peso das mochilas.


Lago Tama

Primeira parada, Lago Tama; lindo lago azul e verde. Andamos mais um pouco. Hora do lanche e assim foi o dia inteiro até chegarmos perto de um lindo rio e armarmos acampamento. Deste rio dava para ver o vulcão Ngauruhoe e o Ruapehu.

John disse que justamente naquele dia estaria subindo o Ngauruhoe, só de olhar dava dó dele; uma puta subida morro acima.

Segundo dia; acordamos mais animados e caminhamos por diversos tipos de terreno. Nas primeiras horas um lindo bosque, depois uma subida de morro, planalto, campo de pedra atirada pelo vulcão e uma tremenda subida entre as pedras com geisers ao lado. Mas ao final da subida um lindo lago verde e logo ali perto uma cratera de vulcão e nosso destino, o blue lake.

No caminho, encontramos várias famílias com crianças de colo e crianças com suas mochilas. Na Nova Zelândia caminhadas são bem comuns. Encontrei várias pessoas de idade avançada (60 e 70 anos), com mochilas fazendo este trekking.

Os parques nacionais também são muito diferentes dos parques brasileiros. Aqui o Parque Nacional é para ser usado, têm central de informações, mapas, pessoas treinadas para te orientar; abrigos para pernoite com cozinha, cama e banheiro para pessoas que não querem acampar. As trilhas são marcadas e registradas em mapas. No Brasil isto está longe de acontecer. O Ibama tem dinheiro mas acha mais fácil proibir as pessoas de usufruirem dos parques deste modo, porque seria trabalhoso organizar tal coisa.

Os parques nacionais no Brasil estão sempre no papel, e quando falo por aqui que você não pode acampar nos parques brasileiros, as pessoas acham que eu estou brincando.

Terceiro dia, Blue lake, linda vista dos três vulcões. Cratera e campo de lava. Tinhámos pela frente a subida do Tongariro e uma longa descida até Wakapapa Village.

No meio do caminho encontramos muitas pessoas fazendo a Tongariro Nothern Circuit. Não deu para acreditar na quantidade e nas idades das pessoas. Crianças, velhos, gordos, todos os tipos e eu achando que eles não iam aguentar a subida do Tongariro. Quando eu olho o que eles já tinham andado e subido, tirei o chapéu para estes neozelandeses.

Desmontamos as bikes. Agora ia começar uma nova etapa de viagem, rumo sul, e direto para Queenstown, a cidade dos esportes de ação. De lá fazer vamos fazer várias caminhadas e depois ir voltando pela west cost, uma das mais belas estradas do país.

Aguarde por estas novas histórias e fotos.

SERVIÇO


Uma boa dica para viajar pela NZ: Passe de ônibus. Você pode parar seis vezes e vale por 6 meses

Há também o Kiwi Experince, que roda as duas ilhas. São bus para mochileiro, com um big bagageiro onde cabem as bikes e as mochilas.

TONGARIRO NATIONAL PARK

Como ir:

Fica na região de Taupo, na ilha norte. Em Taupo você tem 2 horários de ônibus para o parque que fica em Wakapapa Village:

Ônibus Intercity de Taupo

Horários: 10:30 e 14:30 horas

Custo 38 NZ

Wakapapa Village

Pequena vila com alguns hotéis, um hotel de luxo, uma pizzaria e um camping.

Não há supermercados, só um mercadinho caríssimo (mini-loja no camping)

Camping bem equipado ao lado do" Visitors Center".

Custo = 8 NZ . Tem cabines para pernoite também, se você mostrar a carteirinha de Albergue, preço= 12NZ

Tongariro National Park (o parque dos vulcões)

Passeios:

Tongariro Crossing:

3 dias de caminhada ou 6 dias para o circuito completo. Tem vários huts para pernoite, e mapa do circuito no Visitor Center.

Tongariro Nothen Circuito:

6 a 7 horas ida e volta. Pegue um ônibus até o começo da trilha e outro para voltar a Wakapapa

Village.

Subida do Ruapehu

De beleza sem igual, mas não se aventure sem antes ver a previsão do tempo. Levar mapa e todas as roupas de frio que você têm. As mudanças de tempo são bruscas aqui na N.Z.

Se é a primeira vez que você faz este tipo de caminhada, não vá sozinho. Encontre alguém que já tenha feito, porque a neve esconde fissuras e cair numa delas pode ser fatal. A visibilidade também é algo que derrepente você perde e só enxergua o nariz (o seu).

6 a 8 horas de ida e volta.

Subida do Ngauruhoe

Subida fácil mas cansativa. Mas ao final de 2 horas você está no topo com uma das mais belas vistas do Parque.

Visitor Center

Bem equipado com todo tipo de informação; nunca se aventure sem antes saber as condições da trilha e previsão do tempo, pegar mapas e informações.

Viaje com o guia Lonely Planet. Nele você terá estas e muito mais informações sobre este parque e as demais regiões do país.

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