Surf em Sydney
texto: Nadia Pietramale e Gulliver Coote - free lance de Sydney
Quem preferir acelerar sua adrenalina deslizando sobre as ondas
do Pacifico, costa leste da Australia, Sydney pode ser um bom
começo. Ande desde PalmBeach, ao norte, até Cronulla,
ao sul, e irá encontrar boas ondas para surfar. Em North
Narraben, praia em Sydney, vai encontrar uma onda que vem da esquerda
e rompe bem longe - e forte - podendo chegar ate 2,5 metros de
altura. Para chegar em Narrabeen basta pegar um ônibus no
centro da cidade e rodar uns 30 minutos.
Ao sul de Sydney, desde Crunulla ate Wollongong, há muitas
praias e recifes com boas ondas para os adeptos do surfe e body
board. 0 melhor horário para ir a praia pegar ondas durante
a semana é depois das 8 horas, porque todos os trabalhadores
vão para os escritórios e as praias ficam livres.
Nos finais de semana há o mesmo problema que os surfistas
encontram em São Paulo: todo mundo quer pegar onda.
No sul da Australia, em Bells Beach, território de Victoria,
e em outras praias por perto, tem ondas para o surfista big rider-
com atá 4 metros do altura. Mas vale a pena vir preparado
com uma roupa de neoprene super legal, pois as águas do Pacífico
nesta região vem direto da Antártica e são
bem geladas. Se seguir viagem para o oeste da Austrália,
vai encontrar com belas e imensas ondas. Se optar pelo nordeste,
estado de Queensland, irá encontrar com tubos perfeitos no
verão, de novembro até fevereiro, e uma temperatura
média de 30 graus.
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Turismo na Austrália
Texto: Nadia Pietramale e Gulliver Coote - free lance de
Sydney
Mas nem só de escola vive um estudante. Relaxe e, em
paralelo ao curso de Ingles, monte uma programação
bem variada .Quem vai ficar em Sydney, considerada uma das cidades
mais belas do mundo, pode percorrer os pubs, assistir ou participar
do carnaval gay no final de fevereiro ou esquiar no sul em julho
e agosto. O mundo gastronômìco de Sydney também
merece atenção. Com a influência da Asia,
os Australianos podem se orgulhar da boa comida que oferecem aos
visitantes. Mas é bom perguntar antes se o prato é
quente, pois alguns são bem apimentados.
Há restaurantes chineses e japoneses em cada esquina,
mas tambem não ficam para trás a comida da Tailândia,
India, Korea, Malasia e Vietnan. O centro gastronômico dos
asiáticos fica no Chinatown, Centro de Sidney. Também
vale a pena conhecer a comida dos imigrantes europeus, na maior
parte ingleses e irlandeses, colonizadores da Austrália
há mais de 200 anos. Poderá saborear deliciosas
tortas e um bom chá no "The flocks", um dos pontos
mais velhos da cidade, onde todas as construções
são de pedra.
No "The Flocks" também, você irá
encontrar muitas galerias de arte, assim como artesanato dos aborígines,
o povo nativo da Austratia. Hoje os aborigínes representam
1,5% da populacao da Australia - 265.458 segundo senso de 1991.
Mas antes dos ingleses aparecerem por aqui, calcula-se que a população
de aborigines era de 1 milhão. Também há
muito artesanato dos nativos de Papua, Nova Guine, ilha ao norte
da Austrália. Em Sydney tambem há curiosidades,
como os movimento das feministas e dos gays, engajados ao ponto
de ter livrarias com bibliografias especializadas. A Oxford Street
é o ponto gay mais conhecido de Sidney. Nesta rua, os bares,
livrarias e lojas sao de gays. Os casals de lésbicas e
gays, passeiam pelas ruas tranquilamente. Um dos "feminist
book shop" fica em Balmain, rua Darling.
Com 4 milhões habitantes, Sydney também é
a maior cidade da Austrália, com 18 milhoes em todo o país.
Há 13 anos administrada pelo partido dos trabalhadores
(Labor), Sydney chegou a um nível de democracia onde 80%
da população pertence a classe média. Para
o brasileiro observar: o transporte coletivo não é
excelente mas, comparado ao que os paulistanos recebem, ja está
bem evoluído. Por A$ 15 pode fazer 10 viagens nos ônibus
da cidade. Mas os estudantes locais pagam apenas A$ 7, usando
a carteira de estudante. Mas não são aceitas carteirinha
de estudantes estrangeiros, apesar destes serem significativos
na economia da Australia - A$ 1,3 bilhoes no ano passado. Outras
opções de transporte na cidade são o trem
e o ferry fluvial.
Usar o Ferry é bem interessante, pois há oito
rios - e não são poluídos - que descem das
montanhas e cortam Sidney. Há inclusive bares e restaurantes
nos barcos. Um dos passeios turísticos que a cidade oferece
é "Captain Cook Cruises". Neste passeio passa-se
cerca de duas horas navegando por Sydney Harbour, até sair
em slto mar. O tour custa A$ 17, com direito ao tradicional chá
com leite e torradas, herança dos ingleses. O ponto de
partida é na Estação Circular Quay.
Ao lado da estação Circular Quay fica o teatro
Opera House, cartão postal da cidade há 22 anos,
por causa do estilo moderno de sua arquitetura. O arquiteto John
Utzon, autor da obra, inspirou-se nas imagens dos barcos a vela
em dias de "bons ventos", para desenhar o projeto. Outra
obra interessante na cidade, localizada em frente do Opera House,
é a Sydney Harbour Bridge, uma ponte que liga o norte e
o sul da cidade. Para finalizar esta obra, iniciada em 1924, foram
precisos anos de trabalho. São 38 mil toneladas de ferro,
que sustentam um arco de 503 metros de ponte.
O clima é otimo. Agora, no início do inverno,
a temperatura oscila entre 10 e 25 graus em Sydney mas, 500 km
ao sul, já há neve para esquiar. Para quem gosta
de pegar ondas, sem dúvida aqui é um paraíso.
Se estiver em Sydney basta pegar um ônibus no centro da
cidade e em minutos estará em Bondi beach. Mas é
bom usar de diplomacia com os locais, porque nas praias dentro
da cidade as ondas são bem concorridas. Também é
bom uma roupa de neoprene de corpo inteiro para proteger-se do
frio.
Quem gosta da noite, na King Street tem pubs interessantes com
shows de drag queens. Afinal aqui é a terra de "Priscila,
a rainha do deserto". Quem quer ir mais fundo no mundo gay
de Sydney deve checar a rua Oxford. Mas é bom saber que
por aqui os pubs so vendem bebidas e os restaurantes comida. Por
isso não é um probtema entrar nos restaurantes com
sua garrafa de cerveja. Outro detalhe: menores de 18 anos pagam
A$3 mil de multa se forem pegos consumindo bebidas alcoolicas
em pubs.
Para esquiar na neve, os melhores meses são julho e agosto.
Deve seguir para o sul da Austrália, cerca de 5oo km de
Sydney, que esta no sudoeste. Mas montanhas Perisher e Smiggens,
há mais de 30 pistas para os iniciantes e "profissionais".
Outro local que atrai a atenção dos esquiadores
é Thredbo, cerca de 390 km de Sydney, com pistas mais radicais
(bem inclinadas). Em Thredbo também há muita neve,
porque esta montanha fica próxima do ponto culminante da
Australia, kosciusco - 2228 metros, localizado no Kociusko National
Park. Os aficionados por neve também podem ir para o Territorio
de Victoria, onde todas as atividades de esqui concentram-se em
Snowy Mountains, uma area maior que toda a Suiça.
Quem gosta de pôr uma mochila nas costas e olhar tudo
bem de perto, vai encontrar na Australia parques nacionais sem
lixo e trilhas demarcadas, ao contrario do Brasil, onde as reservas
estão ao abandono por falta de verba. Um bom lugar para
comecar sua caminhada, "bushwalking" por aqui, e encontrar
sua tribo é ir para as Montanhas Azuis (Blue Montains),
cerca de 100 km de Sydney. Dá para ir de trem. Levar lanche
e passar o dia por la percorrendo as trilhas do Parque Nacional
.O trem sai da estação Central, bem parecida com
a do Rio de Janeiro - "coisas de ingleses". Mas fique
tranquilo, o trem e super confortável, limpo, sem barulho
e com aquecimento. Pode descer nas cidades do katoomba, Blackheath,
Springwood. Nas oficinas de informações locais pode
pegar mapas da região. Mas atenção: em todo
lugar do planeta em que for tazer caminhadas não esqueça
de levar seu cantil, lanche e saber para onde vai e quanto pretende
ficar.
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